O sentido da vida – parte 2

Prosseguindo nos comentários sobre o sentido da vida, Viktor Frankl entende que a felicidade deve assumir um caráter de efeito colateral.

A busca pela felicidade, enquanto sentido de vida, provoca inúmeras ocorrências de vazio existencial, exigindo inovadoras maneiras para seu atendimento que vai  consumindo mais energia, provocando esgotamento emocional. Então, qual o sentido da vida? Isso não pode ser oferecido por alguém, porque, conforme Frankl, seria uma moralização.

Desse modo, o sentido da vida é encontrado pela própria pessoa, sua consciência. Há pessoas que o bloqueiam por diversos motivos e, até o final da vida, não sabem se realizaram o sentido de suas vidas, ou se viveram na ilusão, por conta do desejo do outro. Vemos nos atendimentos clínicos pessoas que escolheram viver assim, acreditando que o outro assumiria esse sentido, então, anula-se a si mesma e o outro passa a ser a sua felicidade e pode, também, ser o seu sofrimento.

Não raro, quando há uma separação ou ameaça, a pessoa comenta de maneira recorrente que perdeu o sentido da própria vida, demorando, muitas vezes, assumir que abriu mão de si mesma. São casos que fazem emergir o vazio existencial e podem comprometer severamente a saúde física.

                                                                                                Dr. João Palma Filho

                                                                                                  Psicólogo – CRP 146.528

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