Atualmente não é raro encontrar alguém com depressão. Vamos destacar medidas para colaborar com a pessoa que já está em tratamento. Auxilia escutar atentamente a pessoa que fala, sem ansiedade para aconselhar. Muitas vezes o conselheiro presume que o outro conseguirá ouvir, entusiasmar-se e sair do quadro de depressão. Geralmente isso não ocorre e demanda mais conselho, levando à frustração a pessoa com boa vontade.
Acontece que a pessoa com depressão está com os pensamentos gravitando em torno de seu sofrimento. Nas interlocuções, as pessoas se compreendem a partir de uma espécie de filtro emocional, todavia, diante de um quadro depressivo, nem sempre um comentário é escutado conforme a intenção de quem falou. O importante é a empatia, conseguir escutar atentamente, em silêncio, buscando compreender. Muitas vezes, um olhar compreensivo expressa muito mais que um conselho. Para que se tenha uma ideia da gravidade do problema do conselheiro com boas intenções, segue um exemplo. Certa vez uma paciente comentou que era frequentemente aconselhada por uma amiga. Ela retrucava que sabia o que fazer, mas não conseguia, então surgiam mais conselhos.
Além da depressão, ela se sentia em débito porque não conseguia corresponder às expectativas da amiga e isso aumentava o sofrimento.