Nos tempos atuais, observa-se situações complexas relativamente aos trabalhadores que perderam seus empregos. Nesses casos, algumas pesquisas apontam a ocorrência dos seguintes sofrimentos: baixa autoestima, redução do ânimo e humor, estresse, ansiedade, ocorrência de distúrbio no sono, bem como afloram sentimentos de vergonha e humilhação.
Além disso, o tempo de desemprego desestrutura a maneira de viver e se relacionar socialmente. Uma das orientações da OMS é reduzir o contato com o bombardeio de informações que aumentem a ansiedade. Há muitas informações falsas nas redes sociais.
Importante, também, manter o foco nos objetivos, informando-se sobre possibilidades de retomar suas atividades ou buscar uma nova atividade de trabalho. Inúmeras entidades estão oferecendo apoio nestes tempos difíceis.
Entretanto, esse momento requer a colaboração de todos, de modo a não aprofundar os sofrimentos. É aqui que a maioria do povo brasileiro se destaca: na solidariedade.
Um autor importante na abordagem sistêmica em Psicologia afirma o seguinte: “Nenhuma sociedade pode se sustentar muito tempo a menos que seus membros tenham aprendido as sensibilidades, motivações e habilidades envolvidas na ajuda e no atendimento aos outros seres humanos” (Urie Bronfenbrenner).
Muito por fazer, mas há um povo corajoso e solidário!
Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528