Cuidados paliativos

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, “cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do assistido e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.

No caso do câncer, quando a doença já se apresenta em estágio avançado, a abordagem paliativa deve entrar em cena no manejo dos sintomas de difícil controle e de alguns aspectos psicossociais associados à doença. Na fase terminal, em que o assistido tem pouco tempo de vida, o tratamento paliativo se impõe para, através de seus procedimentos, garantir qualidade de vida.

O término de uma terapia curativa para o câncer não significa o final de um tratamento ativo, mas mudanças em focos de tratamento. A OMS enfatiza que o tratamento ativo e o tratamento paliativo não são mutuamente excludentes e propõe que “muitos aspectos dos cuidados paliativos devem ser aplicados mais cedo, no curso da doença, em conjunto com o tratamento oncológico ativo” e são aumentados gradualmente como um componente dos cuidados do assistido do diagnóstico até a morte. A transição do cuidado ativo
para o cuidado com intenção paliativa é um processo contínuo e sua dinâmica difere para cada assistido.

Simone de Gasperi Monteoliva P. Cestarolli
Coordenadora do Ambulatório HEFC

Matéria publicada no jornal Fala Regional, ed. 15.

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