Será que o título, enquanto proposta de atividade, encerra uma grande chance de se expressar o que deu certo, aquilo que faz desanimar, as revoltas e centenas de reclamações contra pessoas e situações? Agora, se mudarmos a atividade. Então, vamos lá: conte a sua história, como você gostaria que fosse. Os resultados possivelmente serão diferentes. Surgem os sonhos, as possibilidades de se corrigir o que se fez de errado, evitar pessoas consideradas tóxicas, ter um bom emprego, ter parentes muito diferentes. Então, há uma ideia de algo que nem sempre corresponde ao que acontece.
O que faz a pessoa interpretar dessa ou daquela maneira a sua própria vida? É bem verdade que se encontra pessoas muito difíceis de convívio, durante a vida e no cotidiano. Mas há situações decorrentes das projeções do mundo interno. Por exemplo, quem está triste, o dia mais ensolarado, parece cinzento e angustiante. Para o ansioso, uma estrada à beira de uma represa, num dia especial, não deveria existir, mas somente uma fração de tempo entre a partida e o destino parece surtir o efeito na diminuição da ansiedade. Durante uma terapia descobre-se inúmeras oportunidades de ressignificação e aprendizado. Surge a compreensão das próprias interpretações, crenças, valores, buscando afastar-se dos equívocos, reconhecendo que as emoções participam das decisões na vida.
Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528
Matéria publicada na edição 1539 do jornal Regional News.