Algumas pessoas adotam atitudes que percebem prejudicar a si mesmas e, ainda assim, insistem assumindo um caráter de autopunição ou barreira para se atingir seus objetivos conscientes.
Como exemplos, lembramos o caso da pessoa que chega atrasada na entrevista de emprego que demorou para conseguir, ou ainda, deixar uma tarefa importante para a última hora, sabendo que não dará conta (procrastinação). A psicologia possui inúmeras abordagens para o tratamento
desses casos. Para algumas abordagens, a autossabotagem pode ser associada a traumas da infância, heranças do convívio familiar, relações interpessoais numa comunidade e outras vivências. Deve-se ter o cuidado em não se atribuir culpa a família ou a comunidade em que se vive, isso porque no meio social, dentro de um quadro de vulnerabilidade, está presente a despotencialização da pessoa e isso favorece o registro do sentimento de culpa, baixa autoestima, entre outros. Há, também, os casos marcados pelo constante medo de errar, postergando decisões importantes.
Esses e outros estigmas na vida social podem assumir um caráter devastador, desde a infância. Todavia, quando se verifica a existência de frequentes prejuízos decorrentes da autossabotagem é o momento de buscar auxílio. As pessoas não são destinadas ao fracasso.
Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528
Publicado na edição n° 1551 do jornal Regional News.