As distrações – parte 1

A sociedade ocidental oferece uma infinidade de oportunidades de distrações, propiciando momentos de encantamento e distanciamento das próprias questões, tornando suportável viver tão apaixonado pelo mundo e tão distante de si mesmo.

Então, veio a pandemia que limitou esses acessos. Depois, surgiram outros tantos entretenimentos capazes de suprir a necessidade de manter os mecanismos de defesa do ego bem ativos. E cada vez mais surgem os encantamentos. Uma imensa felicidade emanada por algumas pessoas, colorindo as redes sociais e há aquelas que ficam hipnotizadas diante da felicidade do outro, são os momentos de alívio da própria situação.

Há outros casos. Num aforisma, Arthur Shopenhauer observa que “a única felicidade do rebanho é quando o lobo come a ovelha do lado”. Talvez um exagero, alguns podem destacar, mas será?

Outras situações situam-se em passear pelo mundo, o dia inteiro, se possível, vendo paisagens, apreciando aquilo que desvia a atenção de si e que faria emergir uma angústia insuportável, abafada pela agitação externa. Contudo, há um retorno do que se insiste manter oculto dentro de si (no inconsciente) e que diante dos pequenos vazamentos nas barreiras (resistências) pressiona para manifestar-se e assusta. Continua na próxima semana…

Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528

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