Nos últimos anos, o tema ansiedade foi classificado como o mal do século, no mundo ocidental.
Na análise de Viktor Frankel, nos tempos antigos, nas guerras, grandes epidemias, períodos de fome e depressão não se estava livre da ansiedade. Imaginemos o nível de ansiedade ao se procurar abrigo momentos antes de um bombardeio, ou em se ter notícia de que no dia seguinte haverá um ataque de soldados inimigos na sua cidade.
Tanto hoje, quanto no passado, a ansiedade registra sua presença. É bem verdade que a intensidade depende do momento que vivemos ou até mesmo do local, entretanto, como dissemos em textos anteriores, ela integra o cotidiano desde a pré-história. Então, o que faz pensar que a ansiedade é mais significativa agora do que antes? Observa-se que essas ideias atingem muitas pessoas, todavia, por conta da interpretação pessoal decorrer do quadro emocional, há aqueles que vêem o céu mais cinzento do que realmente está.
Quando esses conteúdos passam a influenciar negativamente as relações interpessoais de modo recorrente, torna-se um tema pertinente à clínica, sobretudo num percurso em que se encontre um sentido para viver sem essas sombras.
Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528