Sabemos que há um tempo considerado, a partir dos registros das horas, nos relógios. Entretanto, há um tempo interno, ligado ao campo emocional. Na clínica, observa-se pessoas que parecem paradas no tempo, não conseguem sair de um momento, cujo registro parece impossível de ser ultrapassado, para seguir adiante na vida.
Quando falamos de doenças do campo físico, muitas delas marcam e denunciam algo da ordem biológica afetada. Porém, muitos sofrimentos referentes ao psiquismo, nem sempre se apresentam. A depressão, por exemplo, por não se manifestar fisicamente, mas, nos comportamentos, muitas vezes, são classificadas pelo outro como insignificante, porque não se lhe atribui uma evidência física. A pessoa fica imóvel e a vida transcorre, todavia, internamente permanecem pensamentos circulares, não se tem forças para reagir diante das exigências da vida.
Há toda uma complexidade, abarcando o atendimento com medicamentos e a psicoterapia. Atualmente sabe-se da necessidade de um trabalho conjunto de maneira a um atendimento de excelência. Pensar numa só área para os cuidados da pessoa nessa situação significa excluir melhores condições de tratamento.
Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528
Esta matéria foi publicada no jornal Regional News, edição 1522