Há pessoas que ficam revirando o passado, com pensamentos, tais como: Ah! Se eu tivesse….; Ah! Se eu fosse…; Ah! Se eu fizesse… São expressões associadas a uma relação frustrada. É como se a pessoa passasse a viver por conta das consequências. Muitas vezes, uma fala adequada, que poderia evitar uma avalanche de comentários destrutivos.
Esses pensamentos aprisionam por longo tempo. Geralmente, a pessoa fica refém de tal maneira, que prejudica o sono. É um processo que vai se alastrando, principalmente quando as emoções de raiva, tristeza e medo, vão provocando um processo lento de tortura. Nem sempre se consegue resolver e, vez por outra, voltam os pensamentos circulares. Essa é a hora de buscar ajuda da psicoterapia. Entender que o sofrimento exige um tratamento adequado às vezes acompanhado de medicação para conseguir levar os dias.
Uma questão que se pode enfatizar é que a liberdade começa com a aceitação. Provocar mudanças na compreensão do que aconteceu e movimentou profundamente o emocional. Importa rever muitas das atitudes para realizar alterações no comportamento e reconhecer a importância de colocar-se ao invés de agredir. Essa distinção é essencial. É necessário estabelecer limites nas relações interpessoais e isso pode ser desenvolvido durante o percurso da terapia.
Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528
Matéria publicada no jornal Regional News, edição n°1578