Uma vez por outra, ouvimos pessoas afirmarem que resolvem um problema de determinada forma, entretanto, quando se deparam com suas relações de afinidade, não conseguem aplicar o que recomendam. Por que isso acontece? O envolvimento emocional resulta em decisões difíceis de serem avaliadas. Surge o sim e o não, bem como as consequências que podem ser ampliadas, conforme a excelência do relacionamento interpessoal.
Frequentemente, nesses casos, a razão não dá conta, quando imbricada com as emoções. Há um embaraço de tal magnitude que o tempo parece não chegar a um termo. Por exemplo, quando há um sofrimento gerado por alguém nestas condições de proximidade, normalmente recorre-se a um observador externo, para compreender a si mesmo na relação interpessoal e refletir sobre as melhores alternativas de se caminhar para a melhor solução, concluindo-se muitas vezes que ela não existe da maneira como se deseja.
Reconhecer isso, no íntimo, pode poupar muitas pessoas de carregar para o corpo, sob forma de doenças, os sentimentos decorrentes da relação com o outro. Nos casos de pessoas com câncer isso significa, geralmente, que o cuidador deve buscar auxilio profissional na atenção consigo
mesmo para apoio necessário.
Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528
Matéria publicada na edição n°1524 do jornal Regional News