A masculinidade e os cuidados com a saúde – parte 3

Comentamos na semana passada que o público masculino deixa de procurar os serviços de saúde por entender que nada lhe vai acontecer. Há pesquisas relatando que muitos homens postergam ao máximo possível a busca desses serviços para um momento em que os sintomas se
manifestam de maneira inequívoca. As entrevistas realizadas, nessas pesquisas, indicam que muitos homens associam o serviço de saúde à fragilidade de mulheres e crianças. Ocorre que o agravamento de doenças em homens, em seu início curáveis, passam a exigir um tratamento com
um grande desgaste físico e emocional, para se atingir uma possível cura em estágios avançados.


Além disso, há um aspecto psicológico importante a ser ressaltado. As providências no tratamento de doenças agravadas promovem o desencadeamento de uma situação absolutamente invertida quanto ao desempenho do papel de provedor, pois o homem passa a uma condição de
dependente e, em muitas situações, faz emergir a negação e a revolta, aprofundando a tristeza que pode levar a uma depressão. Portanto, a atenção com a própria saúde e a redução da exposição a riscos para doenças são temas que exigem a participação do casal, cabendo educar os
filhos nesse sentido, ao invés de se assumir o tema como pertinente única e exclusivamente às mulheres.


Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528

Este artigo foi publicado no jornal Regional News

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