Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, entre 80% e 90% dos casos de câncer referem-se a causas externas, atribuindo-se a responsabilidade aos hábitos e ao estilo de vida. Assim, a necessidade do público masculino cuidar de si diz respeito a redução de chances de desenvolver câncer, bem como ampliar as condições de atuação médica para tratamento e cura, ao se detectar precocemente a doença.
Inúmeras pesquisas sobre a construção da masculinidade, na nossa sociedade, destacam as exigências de certos padrões sociais, que internalizados desde a infância, estabelecem ao público masculino o cumprimento de alguns papéis: protetor, provedor e sexualmente potente. Pesquisas apontam que a invulnerabilidade, síntese desses papéis, presente desde o início da construção da masculinidade, está associada ao fato desse público deixar de buscar os serviços preventivos de saúde, presumindo que nada lhe vai acontecer.
Assim, o masculino deixa de ter atenção com a própria saúde, por viver um sonho de masculinidade, desconectando sua presença da realidade em que vive para manter as aparências a que foi destinado.
Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528
Este artigo foi publicado na edição 1535 do jornal Regional News