Um hospital de retaguarda diferenciado – Parte 5

Nesta semana vamos continuar abordando as relações internas ao ambiente familiar e, também, aos ambientes externos que a pessoa com câncer passa a frequentar, os quais não integravam o seu cotidiano, antes da doença. Nesse sentido, temos que considerar as questões resultantes na internação, em razão de a pessoa se sentir deslocada, num ambiente físico diverso de seu lar, com o qual mantém importantes referências emocionais.
Esse distanciamento físico do ambiente com o qual mantém vínculos tem consequências, bem o sabemos hoje, em virtude de poder fazer emergir sentimentos de isolamento e tristeza, que comprometem a qualidade de vida, aliás, inúmeras pesquisas relatam esses sentimentos nas internações hospitalares, principalmente agravadas nas de longo prazo. Portanto, os laços de afeto são fundamentais para a qualidade de vida, de maneira que a pessoa com câncer se sinta acolhida em sua dor, amparada em suas necessidades pelas pessoas com as quais possui vínculos, no ambiente em que habita, principalmente quando houver uma comunicação de excelência entre os familiares.
Estamos falando aqui de um ambiente em que o assistido desenvolveu o sentimento de pertencimento, promovendo um bem estar que favorece o tratamento. Essas considerações formam uma base emocional que propicia o planejamento dos cuidados no HEFC.

Equipe Técnica do HEFC

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