Convicções são como muralhas: oferecem segurança, mas também podem nos aprisionar. Ideias fixas, construídas por experiências, valores e influências externas moldam quem somos e como enxergamos o mundo. No entanto, há momentos em que a rigidez dessas crenças nos distancia da realidade e da mudança que a vida pede.
Mudar uma convicção não é tarefa fácil. Para quem tenta ajudar o outro neste processo, o fracasso pode fazer companhia, afinal, as decisões alheias nem sempre seguem a lógica que acreditamos ser correta. É doloroso assistir as escolhas que julgamos negativas, mas isso também nos ensina a aceitar a autonomia do outro.
Por outro lado, abrir-se para mudar uma ideia fixa é um ato de coragem e humildade. Significa reconhecer que podemos estar errados, algo que fere o ego e nos expõe à vulnerabilidade. Além da escuta ativa, cabe o questionamento: “e se eu estiver errado?”
Convicções não precisam ser destruídas, mas lapidadas. Aceitar que o outro não mude pode ser tão libertador quanto permitir que nós mesmos mudemos. Afinal, a abertura ao novo é o que verdadeiramente podemos entender como a vida em movimento.
Tamires Santana
Assessora de Comunicação HEFC