Considero que a vida é o aprendizado que nos propomos adquirir nesta vida, antes mesmo de nascer.
Se tenho um filho adolescente que me irrita, que me causa preocupação, acho que o filho é o problema, mas na realidade o problema está em eu não entender que ele vive a vida dele, no mundo dele, no tempo dele, e que o meu problema é a falta de entendimento de como conviver com a nova geração.
Se tenho um companheiro(a) que não me dá atenção que eu acho que mereço, fico dizendo que ele(a) é um problema, mas na realidade, o problema sou eu que não consigo manter a atenção que eu conquistei quando começamos o relacionamento, que não evolui na compreensão do outro.
Se tenho pai ou mãe, velhos e doentes, que me dão trabalho, acho que eles são problemas, esqueço o quanto de trabalho dei para eles durante vinte anos ou mais quando ainda imaturo. O tempo passa e vivemos colocando o problema nos outros.
Quando as pessoas vêm para reclamar do outro, aviso que a terapia não começou, pois estamos na fase de fofocas, de falar mal dos outros. A terapia começa quando a pessoa começa a falar de si, se questiona, estuda a si mesmo para ver se consegue se entender e a se conhecer.
“Quem é você?” Quando conseguir responder bem a essa pergunta, não precisará mais de terapia.
Dr. Pedro Santo Rossi, psicólogo voluntário HEFC
www.psirossi.comwww.hefc.org.br
Artigo publicado no jornal Regional News edição 1691