Na contemporaneidade, as redes sociais criaram raízes profundas no campo emocional de muitas pessoas e, cada vez mais, surgem condições para aumentar a influência dessas redes. Com o tempo, surgiram estratégias para a prevenção da dependência, entretanto, conforme o grau, os
controles são burlados pela pessoa que os organiza. Além disso, com o aumento da participação das redes sociais na vida das pessoas, o que pode ser considerado um transtorno, vai se desconfigurando como tal e passa a atender os critérios de normalidade.
Quando se trata de observar uma criança, os pais conseguem notar os exageros que caracterizam a dependência. Todavia, no adulto, os sinais de dependência se tornam mais complexos, tendo em vista que as redes sociais se misturam com as atividades profissionais, familiares e sociais. Então, estamos falando da intensidade de algo socialmente aceito e de situações limite, nem sempre fácil de detectar.
Observamos pessoas que durante a atividade de trabalho e no lar, estão conectadas nas redes sociais. Nos pequenos intervalos, entre um serviço e outro, na mesa de refeição, verificam seus celulares e aguardam ansiosas as opções de interação. Isso é comum atualmente. Nota-se,
também, uma crescente ansiedade e necessidade de reconhecimento pela rede social.
Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528
Publicado no jornal Fala Regional, edição n°13