Observamos anteriormente que a construção social da masculinidade, associada ao conceito de invulnerabilidade, pode propiciar uma maior exposição ao risco de se desenvolver um câncer.
Essas crenças sobre a masculinidade foram introjetadas desde a infância e encontram reafirmação no teatro de aparências, em sociedade. Essa reafirmação faz ampliar o caráter de verdade absoluta, inquestionável e promove um distanciamento da realidade, a ponto da ideia de homem ser incompatível com a de adoecimento. Isso remete, por outro lado, a uma fragilidade ao se deparar com a realidade que se impõe e se apresenta, por exemplo, como o diagnóstico de uma doença. Nesse último segmento do nosso trabalho, estamos trazendo a ideia de que a prevenção a doenças são essenciais para o público masculino e não o torna mais frágil.
A atitude pertinente a providências com a saúde de todos dentro do lar, tem implicações positivas no relacionamento interpessoal do grupo familiar. Muitas vezes, uma mudança de atitude demanda um grande esforço e assume um caráter de processo, cuja construção vai ocorrendo ao longo do
tempo e desperta para compreender melhor a família com a qual convive e compartilha a caminhada durante a vida.
Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528
Esta matéria foi publicada no jornal Regional News.